Que a internet está mudando a maneira como nós consumimos informação, todo mundo sabe.
Uma pesquisa feita pela F/Nazca Saatchi & Saatchi, em parceria com o Instituto Datafolha, confirma esse dado: são os dispositivos móveis (celulares, principalmente) os principais difusores da interação virtual. Por meio deles, cerca de 43 milhões de brasileiros acima de 12 anos hoje acessam a internet e compartilham experiências no exato momento em que elas acontecem, proporção que vale para 1 em cada 5 brasileiros. Mídias como o Instagram, WhatsApp e Facebook também ganham destaque no levantamento, dada a sua utilização em larga escala.
Ao contrário do que se podia imaginar, a conectividade não se dá apenas na rua. Boa parte dos usuários acessam a internet de casa: 62% usam computador de mesa, 47% navegam com o laptop, 43% dispõem do celular e 10,5% recorrem ao tablet.
O que isso significa?
Significa que as mudanças tecnológicas não apontam só para a introdução de novas mídias, mas para a mudança de um paradigma, para o surgimento de um novo jeito de dialogar com as pessoas. Pluralidade, interatividade e inovação são as promessas das plataformas digitais que vêm surgindo, capazes de levar mais informações à mais pessoas em cada vez menos tempo. O resultado está aí:
- As principais barreiras de entrada na internet são, atualmente, classe social e escolaridade;
- As empresas já não freiam mais o uso de internet no local de trabalho: 2 em cada cinco brasileiros a acessam por meio de dispositivos móveis;
- O Facebook não cansou, mas pode estar dando os primeiros sinais de cansaço: 11% dos usuários entre 16 e 24 anos vêm diminuindo o uso e/ou pensando em sair da rede (viu? Não é só o seu feed de notícias que anda sem graça ultimamente…);
- O número de leitores pela via digital também está crescendo. Para se ter uma ideia, 15% dos internautas costumam ler algum livro na internet ao invés de ler esse mesmo livro na versão impressa (ou seja, 12 milhões de leitores digitais);
- Não é preciso ter loja física para conquistar o usuário on-line: em um momento em que quase tudo pode ser comprado com apenas um clique, as start-ups de internet estão vindo com tudo. A tendência pode ser explicada tanto pelas condições macroeconômicas (houve um significativo aumento do poder aquisitivo pelas classes C e D) e, principalmente, pelo aumento do número de brasileiros que fazem compras por internet: nos últimos 12 meses, 24% dos internautas recorreram ao e-commerce para adquirir novos produtos e seu principal alvo são lojas que só vendem pela internet.
E a tendência é que a penetração de novas faixas etárias aumente. Usuários sênior (também conhecidos como vovonautas) e crianças, nas smart-TVS, estão descobrindo com uma rapidez impressionante como acessar o Netflix e outros serviços online. E você? Está por dentro também? :)